segunda-feira, 11 de maio de 2009
Última chamada... Boarding now!!!
Cheguei hora e meia antes do horário do vôo. Atrasado para vôo internacional. Adiantado para enfrentar a via-crúcis da despedida. Mala despachada, não sem antes estampar um indiscreto “frágil” na gorducha. Quase que pedi uma estampa para mim também. Naquele momento quis arriar meu cansaço naquela esteira e ficar vendo-o ir embora para qualquer lugar próximo da Groelândia.
O que é que se pode fazer entre o check in e o embarque? Ir ao banheiro, talvez. Dar uma última olhada na loja de souvenires. Qualquer coisa parecida com isso é querer desconversar. Embora se tente adiar ao máximo o momento da “’última chamada”, uma hora ela acontece.
Despedida. Chamada final. Embarque. Termos que servem para os vivos mas também para os mortos. Não é a toa que a tristeza e o choro desse momento podem chegar à semelhança de um velório. Nesse ato fúnebre uma coisa é certa: quem vai e quem fica acaba morrendo mesmo... mas de saudades.Foi um chororô só. Era uma tal de poeira no olho prá cá, cisco no olho pra lá. Confesso que não esperava que a punhalada da despedida fosse à altura do coração. Acusei o golpe. A mochila me carregava. Fui sendo arrastado até o raio-x. Recobrei os sentidos quando o policial me abordou: - Se tiver laptop tire-o, por favor. E acabei descobrindo outra importante função da PF.
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